sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Amor de irmão: não tem preço

Em meio ao atual conflito, voltamos alguns milênios para aprender um pouco. Há uma semana comentamos sobre a primeira ida dos irmãos de Yossef ao Egito. Amanhã é lido o trecho em que os irmãos vão novamente para lá em busca de mais comida e em busca do irmão Shimon, que tinha ficado da primeira vez como uma garantia de que eles voltariam.

Os irmãos ainda não sabiam que o vice-rei era seu irmão, mas Yossef sabia muito bem quem eles eram. Ainda estavam gravados na sua memória e em seu coração todos os sentimentos que os irmãos tinham por ele - ciúmes, inveja, ódio - e ele sabia muito bem que eles tinham o vendido e inventado ao pai a mentira de que ele foi atacado por um animal. No entanto, uma coisa surpreende no segundo reencontro - e mais uma lição de como se comportar com os outros. Yossef iria confessá-los que o poderoso vice-rei era o mesmo irmãozinho que foi tacado no poço anos antes. Presentes na cena, os irmãos e alguns egípcios importantes. Antes de abrir o coração e contar, Yossef fez questão de retirar do lugar todos os estranhos. Só depois disso ele disse chorando "Ani Yossef" - Eu sou Yossef.

A princípio, nada de mais. Mas nossos comentaristas não deixam barato. Se maltratar um ser humano é algo ruim, nem precisamos falar o quanto é tentar matar um irmão (!): certamente, os irmãos iriam se envergonhar do que fizeram. Sabendo que seria assim, Yossef não queria humilhá-los na frente dos outros. Pense no quanto isso é grande: mesmo com todo o ódio que recebeu deles (não só na forma de insultos verbais, mas mais ainda por atitudes práticas) enquanto viviam juntos, Yossef agiu com amor máximo, sem fazer com que fossem humilhados em público.

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