Certamente você já se deparou em alguma situação em que gostaria de poder escolher, entre duas opções, as duas. Viagens, projetos, decisões, faculdade, e por aí vai.
No Talmud, dois grandes rabinos discutem sobre o dia da leitura da meguilá: isso deveria seguir duas conduções básicas. No entanto, em certo caso, devido a uma combinação de fatores, somente uma das regras poderia ser seguida. O que acontece no final é que cada um escolhe uma data, baseado em uma regra - e cada um decide algo diferente do outro. Quando um questiona o outro o porque da decisão, ambos dizem: não teve outro jeito de fazer! E sobre opiniões contrárias, nossos sábios dizem que ambas são verdadeiras, mesmo que opostas.
Às vezes, queremos abraçar o mundo todo. Escolher o máximo de coisas possíveis. Fazer o bem a muita gente. Mas nem sempre as condições permitem, nos forçando a abrir mão de alguma coisa. Escolhemos. Começam então as dúvidas e os questionamentos sobre como teria sido escolher o outro lado da bifurcação. É aí que devemos lembrar da frase de nossos sábios: ambos caminhos são bons, verdadeiros, e no fim das contas, qualquer um dos caminhos escolhido representa Sua vontade: o bem de cada um de nós.
Por isso, quem deseja pouco as vezes alcança mais do que quem deseja muito.