quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Mais contra-ataques (pela internet)
Exército Israelense no YouTube
domingo, 28 de dezembro de 2008
Mais um do Shwekey!
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Nada de estardalhaço
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
Águas de Chánuka
Porém a pergunta fica no ar: porque a terra que de acordo com a Torá foi escolhida e abençoada por D'us precisa ficar a mercê de estiagens? Se a terra é tão abençoada assim, porque D'us não colocou o Amazonas aqui no meio? Moshe foi o primeiro a descrever esse paradoxo, quando disse que "essa terra, na qual vocês irão entrar, não é como o jardim verde do Egito". Em outras palavras: o rio Yarden (Jordão) não chega nem perto do Nilo. Os rios e o regime fluvial representam os regimes cíclicos: as cheias e as entre-épocas. Por outro lado as chuvas representam o inesperado. A terra de Israel não se apoia em rios, mas em chuvas; ela se apóia na bondade de Deus. E a recompensa divina está condicionada ao nosso comportamento.
No Egito, todos tem a mesma recompensa: sejam bons ou malvados, a cheia do Nilo será idêntica a do ano passado. É como aquele pai que ao invés de gastar um tempo para o seu filho, lhe dá uma mesada gorda, coloca uma telvisão no seu quarto e assim se livra de qualquer chateação. Aqui em Israel pode ser que a nossa mesada não seja tão gorda, mas nós temos uma linha direta com o Manda-Chuva (nos dois sentidos). Porque quem ama, educa.
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Você pode fazer mais
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Festa em Gaza
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Indignação atemporal
The All American Rejects & Fall Out Boy
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Diga mais obrigado
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Palmas, muitas palmas!
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
[filme] O menino do pijama listrado
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Pura matemática
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Podar a árvore
Na Hagadá de Pessach há um trecho muito interessante no qual dizemos que Lavan foi muito pior do que o Faraó, porque Faraó “havia decretado a morte apenas aos bebês homens, porém Lavan quis arrancar tudo” (sic). Por mais marxistas que sejamos é difícil de entender porque a Torá enxerga a personalidade de um chefe cruel pior que a de um déspota genocida. O maior problema de Lavan era a sua capacidade de manipular e omitir a verdade. E essa característica não se revelou apenas no referente aos pagamentos: quando Yaakov decidiu fugir para Israe levando consigo seus filhos de volta a casa de seu pai, foi surpreendido por Lavan: “Como você pode partir sem deixar-me beijar os meus netos e minhas filhas?!”.
Lavan era capaz de se mostrar como um amigo e uma pessoa razoável. Ele era capaz de se mostrar como um avô carinhoso. Esse é o perigo que ele oferece. Existem dois tipos de inimigos do povo judeu. Um deles é como o Faraó e Essav. O ódio é declarado e a animosidade se revela ainda na barriga da mãe. Eles podem almejar matar-nos, e atirar todos os nossos filhos ao mar, mas por mais que possam nos machucar, não tem a força necessária para nos aniquilar; por mais que possam promover um Holocausto não podem impedir a fundação de um Estado Judeu em 1948. Am Israel é comparado a uma árvore. Por mais que se corte um galho, a árvore persiste.
Porém Lavan queria arrancar a árvore até as últimas raízes. Uma árvore assim não tem a menor chance de sobreviver. Lavan não queria matar Yaakov. Ele só queria impedi-lo de voltar a casa de seu pai. Ele só queria beijar seus netos mais uma vez. Ele só queria que seus netos crescessem de acordo com os seus valores; estudassem nas suas escolas; casassem com os seus parentes. Ele só queria que a família de Yaakov assimilasse a sua cultura e a seu povo. É difícil para um judeu entender que às vezes é necessário esquivar-se de um ambiente que não lhe pertence, e voltar para a casa de seu pai. Afinal de contas Lavan é o nosso avô “carinhoso”. O anti-semitismo é terrível, porém uma sociedade aberta e tolerante nos obriga a sermos cuidadosos. É preciso saber quem é Lavan e quando chega a hora de voltar para casa.
Não à falsidade
domingo, 30 de novembro de 2008
Mais amor
Na reza adicional de Rosh Chodesh (mussaf do início do mês), nós dizemos. "Rashei Chodashim leamcha natata, zman kapará lechol toldotam, bihiotam makrivim lefanecha zivchei ratzon" ("Você [D-us] deu rashei chodashim para o seu povo. Um período apropriado para a expiação dos pecados de seus descendentes. Quando eles sacrificaram perante Você os seus sacrifícios".
Mas "Mipnei chataenu galinu meartzenu" ("Graças aos nossos pecados, fomos expulsos de nossa terra"). Portanto hoje em dia nós não temos mais nosso Bet Hamikdash (Templo), nem um altar aonde possamos fazer os sacrifícios, e a reza de mussaf que nós fazemos no Rosh Chodesh é um pálido substituto dos sacrifícios. Os nossos sábios explicam que o segundo Templo foi destruído pelo ódio gratuito (sinat chinam) e que o terceiro só será reconstruído através de amor gratuito (ahavat chinam). Toda geração que não tem o privilégio de ver o terceiro Templo reconstruído equivale a geração na qual o segundo Templo foi destruído. Ou seja, se nós ainda não temos o Bet HaMikdash hoje em dia, é porque ainda sofremos da mesma doença que destruiu o anterior há 2000 anos: o ódio gratuito.
E numa realidade imperfeita como a nossa, quando não existem sacrifícios que possam expiar os nossos pecados, são os judeus mais puros que assumem o papel do "bode expiatório" (o bode que era sacrificado no Templo em todas as festas e nos rashei chodashim). Esse foi o segundo Rosh Chodesh em menos de 12 meses que foi regado pelo sangue de yehudim exemplares. Korbanot Tehorot. Em Adar (março), foram os 8 alunos de Merkaz haRav, e sexta feira foram os yehudim do Beit Chabad de Bombai. Um dia alegre tomou um tom trágico e de desespero.
Porém Kislev é o mês de Chánuca. Um mês cujo final dele promete luzes. E se sexta feira pudemos ver um dos piores efeitos colaterais da sinat chinam, nesse shabat eu pude ver um exemplo incrível de ahavat chinam. Passei o shabat em Efrat (uma cidade ao sul de Jerusalém, que foi fundada por judeus que fizeram aliá dos EUA). Foi um shabat organizado para pessoas que passaram ou estão passando por um processo de conversão. Eu junto com mais uns amigos da Yeshivat HaKotel fomos convidados para ajudar a criar uma atmosfera de shabat (com músicas, dança, e algumas palavras de Torá). Nós fomos chamados para dar, mas acabamos recebendo. O rabino responsável pelo instituto, o rav Birenboim, e sua mulher Renana, me mostraram como é possível traduzir em ações práticas o conceito de ahavat chinam. Eles acompanham as pessoas não apenas durante o processo de conversão, mas também depois dele, e cumprem uma das mitzvot mais importantes da Torá: a de respeitar o convertido. Conforme a mulher do rabino explicou: eles fazem o papel de parteiros, e são as próprias pessoas que dão a luz a si próprias, pois converter-se é comparado a um renascimento. Eles são parteiros e a cada parto ganham um irmão.
Talvez se houver mais alguns casais como esse em Bnei Israel, no mês que vem, não nos contentaremos apenas com uma tefilá de mussaf.
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Tristeza em Mumbai
Que eles descansem em paz perto de D'us e colham os frutos do trabalho e da vida que viviam com muito amor. Iehi zichram baruch - que suas lembranças sejam abençoadas. Que o mês de Kislev venha com notícias alegres.
iluminar de pouco em pouco
Isso frisa mais uma vez a importância dada pelos judaísmo de pequenos atos que devem ser feitos constantemente. Ouvi uma comparação interessante: postes de iluminação da rua iluminam mais fazem muito melhor às pessoas do que fogos de artíficio. Existem boas ações que fazem muito barulho, saem nos meios de comunicação e parecem ser coisas muito grandiosas. O que a Torah nos fala é justamente o contrário: cuidar de servir e tratar bem as pessoas no dia-a-dia faz muito mais diferença.
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
[Livro] Assim nasceu Israel - Lançamento
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Entre um ônibus e outro
A suprema corte está ameaçando baixar uma liminar proibindo essas linhas sob o argumento de que elas promovem uma segregação e uma discriminação, pois reduzem o contato entre charedim e não religiosos, que agora nem precisam ter o incômodo de se encontrarem na estaçào de ônibus. (O argumento é válido, mas é óbvio que a suprema corte nunca se daria ao trabalho de proibir uma linha equivalente que servisse a população não religiosa. Ao lado de todo esse discurso repousa um pouco do já sabido sentimento anti-religioso dos juízes da suprema corte).
Enquanto nada é decidido, eu me aproveito dessa associaçào entre as leis de Moshe e a lei da oferta e procura, e promovo a integraçào entre o setor sionista-religioso e o setor charedi. Detalhe interessante: apesar de todo a argumentação sobre segregacionismo e discriminação, peguei um ônibus cujo motorista era árabe, e era conhecido de todos os passageiros com chapéu, capota e peiot, que o cumprimentavam com muito entusiasmo. Parece que a distância entre Mea Shearim e a suprema corte se tornou maior do que a entre Ishmael (árabes) e Itzchak (judeus).
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Voltando às fronteiras
Naquele lugar as emoções se confundem. Rachel faleceu enquanto dava à luz Biniamin, o único filho de Yaakov que nasceu em Israel – o caçula queridinho por todos os outros irmãos. O pai da tribo em cujo território ficava Yerushalaim e o Beit HaMikdash (templo). Tristeza e esperança ao mesmo tempo. Essas sensações continuam se confundindo nos últimos 60 anos, pois esse kibutz, que hoje em dia floresce e é palco de casamentos, até 1967 ficava na fronteira com a Jordânia e perto do lugar onde foi a Chupá existe uma escultura pelos soldados que caíram nas batalhas travadas em 48 e 67. Enfim é possível misturar as lágrimas de alegria com as de tristeza.
Irmiahu, o profeta, descreve que quando o povo judeu foi levado à diaspora nos dias dos babilônios, eles passaram na frente do túmulo de Rachel, e ela chorava pelos seus filhos que eram levados embora. Porém o profeta não para por aí e avisa a sua mãe: "Que a sua voz pare de chorar e os seus olhos não tenham mais lágrimas. Pois existe um mérito pelas suas ações, e seus filhos voltarão a suas fronteiras" - Veshavu banim ligvulam. Yerushalaim por si só já é um lugar apropriado para casamentos, conforme cantamos em qualquer cerimônia de casamento (seja em Beer Sheva, em Madrid ou em Higienópolis), "Od ishama beharei Yehuda ubechutzot Yerushalaim, kol sasson vekol simchá, kol chatan vekol kalá", mas é difícil imaginar um lugar melhor que Ramat Rachel para um casamento entre dois yehudim que voltaram para as suas fronteiras.
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
[Livro] O menino do pijama listrado
O livro ganhará um filme - o trailer você pode conferir abaixo - cuja lançamento está previsto para dezembro desse ano (isso nos Estados Unidos...). Recomendo para quem ainda não leu o livro que não veja o site do filme nem o trailer - antes é melhor deixar a imaginação rolar solta através da leitura das 186 páginas do livro.
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Se não me querem...
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Abrir a casa
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Cuidado com o MP3
No site da campanha é possível ver algumas explicações, vídeos, e curiosidades, como comparações entre os 120 decibéis que um MP3 player pode atingir, os 110 Db de uma serra elétrica e os 105 Db que uma furadeira produz. Em termos mais práticos, o recomendado pela campanha é que não se passe da metade do volume máximo que o aparelho pode chegar, nem que as pessoas ao redor escutem o som. Alguns estudos acreditam que se não forem tomados os devidos cuidados, a geração iPod pode chegar a ouvir muito mal na casa dos 30 anos - muito antes de ganhar cabelos brancos.
domingo, 9 de novembro de 2008
Juntando os estilhaços
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Prefiro ser essa metamorfose ambulante
Essa semana me mudei de Yerushalaim para Haifa (ou Cheifa, como descobri que os israelenses chamam a cidade). Dois mundos bem diferentes entre si. É verdade, as duas cidades ficam em montanhas. Mas as semelhanças param por ai. Uma fica no meio das montanhas de Yehudá e a outra tem vista pro mar (e que vista!). Uma é a cidade das pedras e a outra, das árvores. Uma é o umbigo espiritual do mundo, a outra o umbigo industrial de Israel. Pra realçar um pouco mais o contraste, saí do ambiente de uma yeshivá para o ambiente de uma universidade.
No meio de todas essas mudanças me deparo com a parashá das mudanças: Lech Lecha! O Netziv de Volozhin tem uma idéia muito bonita: ele explica que conforme Avraham conseguia superar os desafios que surgiam, adquiria habilidades que iam ficando incrustadas em sua identidade. Cada um desses desafios era um brit, um pacto. Um pacto que D’us reafirmou varias vezes com Avraham. Uma demonstração, e ao mesmo tempo, uma evolução no vinculo entre ambos, que ficava cada vez mais intenso.
Um pacto é uma interação entre D’us e um homem, onde alguma característica é modificada ou acrescentada ao homem. Pois bem, cada desafio pelo qual Avraham passou modificou sua essência e lhe acrescentou novas qualidades. O Netziv desenvolve essa idéia e explica que todas essas qualidades adquiridas foram transmitidas aos filhos de Avraham: a Bnei Israel, e que as forcas extraordinárias que nosso povo demonstra para construir e se reerguer frente às situações mais difíceis, vem desses desafios que Avraham superou. A primeira delas foi sua mudança de Charan para Eretz Cnaan. "Lech lecha meartzecha" - Sai da sua terra.
Mudanças, não importa de que tipo sejam, são eventos traumáticos. Pode ser uma mudança de uma cidade para a outra (ou de um país para outro), pode ser uma mudança de um curso para o outro, ou ainda, a mudança de um estilo de vida para outro. Não importa qual seja a mudança, ela sempre irá envolver a quebra de um referencial. Avraham adquire uma habilidade de sempre encontrar um referencial absoluto, que era válido para todas as circunstâncias (assim como a velocidade da luz...). Avraham desenvolveu uma fé completa em D’us que lhe permitia encarar qualquer situação ou cenário como se fosse apenas uma pequena variacao de um mesmo jogo.
Incrivelmente, quando acordei hoje de manha, aqui em Cheifa (a uns bons 120 km de Yerushalaim e uns 6 mil km da cidade da garoa) fui pro Beit HaKnesset que existe aqui no campus e encontrei o mesmo minian com a mesma tefilá, e os mesmo sidurim que eu via no Brasil ou em Yerushalaim. Um baita de um referencial. Alias, o Beit HaKnesset daqui é lindo, e é o primeiro que eu conheço onde a pia pra lavar as mãos dos cohanim é ativada por um pedal no chão. Uma sinagoga em uma universidade de engenheiros precisava ter alguma inovação, né?
terça-feira, 4 de novembro de 2008
In us God trusts
Na geração de Noach "os pensamentos das pessoas eram somente maldade". Dizem nossos sábios que não havia limites para as ações de ódio, indiferença e desrespeito ao próximo. Cometiam erros no plano físico. A outra geração que é descrita é a da torre de Babel - conhecida também como dor Haflagá. Em uma atitude de arrogância e ousadia, queriam chegar até os céus para se sentirem, como se fosse possível, como D'us. Cometiam erros no plano metafísico. As ações dessas gerações, juntas, vão contra Seus mandamentos (falta de temor/amor à D'us) e contra fazer o bem às outras pessoas (falta de amor ao próximo). Por duas vezes D'us teve todos melhores motivos para desistir da sua criação máxima, a humanidade.
Mas mesmo assim, com tanta maldade, Ele segue agindo com bondade e ainda acredita no poder que as pessoas têm de fazer o bem. Isso não ocorreu somente após aquelas gerações: ocorre a cada momento em que o mundo se mantém, a cada respiração, a cada nascer do sol. No judaísmo, tão importante quanto a gente acreditar Nele é ter noção da grandeza de Ele acreditar em cada um de nós. Quem sabe assim a gente não deixe passar em branco as oportunidades de agir corretamente, fazendo a diferença em cada instante.
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Matisyahu de volta
No começo desse ano ouvi que ele estava se afastando do judaísmo, notícia que, ao mesmo tempo em que me deixou muito chateado, não me surpreendeu tanto. Não deve ser fácil viver nesse meio artístico corrompido e conturbado. Não desconfiei tanto das notícias já que não ouvia novidades sobre o cantor – nenhuma single nova, nenhum álbum novo.
Mas essa semana ouvi uma noticia que me deixou feliz na mesma intensidade que a outra me deixou triste. Depois dos discos Youth, Live at Stubb’s e No Place To Be, o cantor lançou no dia 20, após mais de um ano e meio de espera, seu mais novo CD: Shattered (Estilhaçado, em português). Matisyahu continua estilhaçando a música tradicional chassidi, onde algumas palavras se repetem durante bons minutos com ritmos e instrumentos parecidos. Composto de 4 músicas, o disco apresenta Shmash Lies, que foge do reggae e tendendo ao rap (lembrando sua música no disco mais novo do P.O.D.); So High So Low parece mais uma música do Red Hot Chilli Peppers, demonstrando um pouco do pop (presente no remix de Jerusalem); Two Child One Drop (que começa com uma frase do Tehilim 121) e I Will Be Light preservam o reggae. É possível escutar as musicas inteiras no site.
Que alívio. Cansei de gente falando mal dos outros. Matisyahu está de volta e, pelo que pude ver pelas fotos no site, mais forte do que nunca. Aparentemente, não está mais se vestindo com as roupas preto-branco nem com o look Chabad. Além do tsitsit pra fora e barba, Matisyahu aparece com longas peiot e uma kipá ao melhor estilo chassidish. Como é bom ver gente que agüenta firme mesmo nas condições mais adversas.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Judaísmo 3G
Clique nos seguintes nomes para abrir a página do programa na AppStore (precisa do iTunes pra abrir): Sidur, Pocket Luach, Tehilim, Shabbat, KosherMe, Tefilla Pack, ParveOMeter, Zmanim. iBlessing, iCharity e Shofar.
sábado, 25 de outubro de 2008
Iniciando novamente
Hoje estivemos no começo de um ciclo mais uma vez. Após dançar em Simchat Torá, onde comemoramos o término da leitura das 54 parashiót (porções) da Torá, chegamos no shabat em que se lê a primeira parashá, Bereshit. Quero compartilhar uma ideia que ouvi.
A criação do mundo é contada no primeiro capítulo do livro. Lemos a criação dia após dia até chegarmos ao fim do sexto dia de chól (sem santidade), quando “se formaram os céus e a terra e tudo o que a preenche”. Temos então o ápice. D’us pára tudo o que estava fazendo e por isso santifica o sétimo dia, o shabat. Existe uma pequena, porém significativa diferença entre a divisão de capítulos da Torá, uma passada pela tradição judaica e outra pelos cristãos (hoje em dia, com poucas exceções, utilizamos livros que apresentam a divisão cristã). A diferença entre eles é que na tradição judaica o shabat é narrado no primeiro capítulo, e na cristã o shabat começa em um capítulo novo. Legal. E daí?
Não sei se é por acaso. Mas isso representa muito bem o estilo de vida judaico, muito diferente do que outras religiões pensam. Tudo aquilo que é sagrado, como o shabat, está junto com o cotidiano, com o dia-a-dia, com o chól. Em cada ação desprovida de santidade devemos ter a intenção de elevá-la, transformando o físico em algo mais que mundano. Ao acordarmos, agradecemos a alma devolvida. Ao invés de rezar uma vez por semana, rezamos três vezes por dia. Ao comer ou beber cada coisa, agradecemos a D’us e elevamos a comida. Ao viajarmos, pedimos a Ele que tudo ocorra em paz. Confortando alguém, trazemos tranqüilidade e conseqüentemente a presença divina para esse mundo. Antes de dormir, pedimos bons sonhos. Nenhuma religião é mais prática, mais desse mundo do que o judaísmo: chól e kodesh sempre andam juntos. No judaísmo, o chól e o kodesh estão no mesmo capítulo.