quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Tá se escondendo do que?

Pare para pensar em quem foi Moshe. Aquele que cresceu no palácio do Faraó e manteve sua personalidade judaica. Aquele que foi a pessoa mais humilde a existir na face da Terra. Foi Moshe quem mostrou ao Faraó quem manda no mundo, foi Moshe quem D'us escolheu para abrir o mar. Ele conduziu o difícil e teimoso Am Israel no deserto durante 40 anos (eu não aguentaria nem um ano em qualquer cidade desenvolvida...). Por fim, mais do que tudo, foi ele quem ouviu e aprendeu toda a Torá (tanto a escrita como a oral) da 'boca' de D'us. Cada um desses motivos já seria suficiente por si só para mostrar sua grandeza. Imagine dois deles juntos, agora três, e agora todos eles juntos. Agora eu te pergunto: como é que uma pessoa dessa grandeza moral/espiritual foi proibida por D'us de entrar na prometida e esperada eretz Israel?!
Uma das respostas está na parashá que lemos na semana passada (eu sei que já postamos algo aqui, mas nunca é tarde, nem demais...). Moshe fugiu do Egito, foi para Midian, e lá ajudou as filhas de Itró. Elas o chamam para comer em casa, e quando o pai pergunta quem as ajudou, elas dizem que foi um tal egípcio. Na frase seguinte, lemos que Moshe já estava contente ao se sentar com Itró.
Para qualquer um de nós, não parece nada de grave. Mas para alguém do nível de Moshe, não fazer questão de corrigir as meninas e dizer "ei, egípcio não! Judeu!" foi um tremendo de um erro - e talvez por isso foi castigado e proibido de entrar em eretz Israel. É claro que tudo tem sua hora e não devemos falar qualquer coisa em qualquer momento. Mas em alguns casos do cotidiano não devemos ter medo nem vergonha de assumir a identidade do povo a que pertencemos.

Nenhum comentário: