sexta-feira, 27 de março de 2009

Just do it

Ninguém gosta de ouvir promessas que não se cumprem. Certamente você já reencontrou com aquele amigo de infância e depois dos caloroso cumprimentos e de se lembrar de velhas histórias, combinaram de sair. No final, deve ter escutado um "vamos sair, mesmo!" ou um "pode deixar que eu te ligo!". Passa o tempo, vocês se encontram novamente em alguma festa e se lembram que o combinado não saiu de suas mentes...
Já estávamos 4 shabatot falando sobre a construcao do mishkan. Nas parashiot anteriores, D'us passa para Moshe todos os detalhes da magnífica obra. Na parasha de pekudê, lemos que Moshe e Am Israel fizeram de acordo com o ordenado por D'us. No entanto, ao invés de economizar parágrafos e capítulos, falando simplesmente "e Moshe fez de acordo com o ordenado", todos os detalhes são repetidos: roupas dos cohanim, cortinas, paredes, os ganchos para estender sobre as cortinas, e os utensílios, entre outras coisas. Tim tim por tim tim, novamente.
Se planejar algo e colocar em prática fosse a mesma coisa, não haveria necessidade de repetir cada vírgula da construção do mishkan. Isso vem nos mostrar que, pelo judaísmo, a teoria e a prática são coisas completamente distintas. Apesar de serem extremamente ligados e dependentes, o momento do planejamento teórico é um, e o da execução é outro. Cada um tem seu valor independente, e por isso, no judaísmo, mesmo que não se entenda algum conceito ou alguma mitsvá perfeitamente, ganhamos sua recompensa somente por realizá-la. É sabido também que todo o objetivo final de estudar Torá é trazê-la ao mundo físico, e transormá-lo, através de mudanças e ações, seja no relacionamento com si mesmo, com os outros ou com D'us.
Aqueles que fazem mais do que falam estão no caminho certo. Como dito em Pirkei Avót (Ética dos Pais), "Emor meat, vaasse harbe" - fale pouco e faça muito.

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