quinta-feira, 21 de maio de 2009

Mais vale um na mão

Certamente você já se deparou em alguma situação em que gostaria de poder escolher, entre duas opções, as duas. Viagens, projetos, decisões, faculdade, e por aí vai.

No Talmud, dois grandes rabinos discutem sobre o dia da leitura da meguilá: isso deveria seguir duas conduções básicas. No entanto, em certo caso, devido a uma combinação de fatores, somente uma das regras poderia ser seguida. O que acontece no final é que cada um escolhe uma data, baseado em uma regra - e cada um decide algo diferente do outro. Quando um questiona o outro o porque da decisão, ambos dizem: não teve outro jeito de fazer! E sobre opiniões contrárias, nossos sábios dizem que ambas são verdadeiras, mesmo que opostas.

Às vezes, queremos abraçar o mundo todo. Escolher o máximo de coisas possíveis. Fazer o bem a muita gente. Mas nem sempre as condições permitem, nos forçando a abrir mão de alguma coisa. Escolhemos. Começam então as dúvidas e os questionamentos sobre como teria sido escolher o outro lado da bifurcação. É aí que devemos lembrar da frase de nossos sábios: ambos caminhos são bons, verdadeiros, e no fim das contas, qualquer um dos caminhos escolhido representa Sua vontade: o bem de cada um de nós.

Por isso, quem deseja pouco as vezes alcança mais do que quem deseja muito.

Um comentário:

ambiv5769 disse...

Isso me faz lembrar o que o que meu querido avô, Z"L costumava me dizer: "... quem quer muita glória, acaba perdendo a pouca que acha que tem"...